Em aprendizagem

Pessoas circulam, criam produtos e marcas se tornam memoráveis.
A Oakian interage tempo todo com profissionais no cotidiano da marca.

por Stefarss Stefanelli

A ÉTICA SEM ELASTICIDADE

A ÉTICA SEM ELASTICIDADE

19/03/2019 · · por Stefarss Stefanelli

A ética permeia toda a cadeia de produtividade do negócio.

Do preço justo e preceitos de vendas, disciplina a relação com fornecedores, orienta o modus operandi
de normativas de lei no atendimento ao cliente, ondena as premissas de um Compliance.

A ética determina os níveis de reputação do negócio.

Não é um simples manual corporativo.

Expressa os valores da empresa.

Traça sua trajetória, evolução e seus limites empresariais.

Define os compromissos com seus públicos de interesse, e em especial, com o colaborador.

É um documento vivo.

Precisa ser reformulado periodicamente para expressar os movimentos atuais de uma cultura circulante, viva e seu contexto no mercado, no segmento em que atua.

Deveria ser a voz mais eloquente e coletiva da cultura organizacional.

Mas não o é.

Deveria ser um guia prático, mas na maioria das vezes até sua linguagem escrita não colabora, é rebuscada, dúbia, repetitiva e mandatória.

Uma cultura organizacional atuante e fértil em comportamentos não funciona mais assim.

Os preceitos da ética da marca deveriam abrir as convenções de vendas, abrir uma mesa de negociação com um novo fornecedor, ser dinâmica prática em turmas de integração, de trainees, de estagiários, de líderes.

É fazer chegar lá na ponta, ao cliente externo, mensagens sérias como por exemplo, você pode confiar em nossa empresa, pois ela é ética em suas práticas empresariais e sociais.

Mas isso não acontece.

Mas há o novo contexto.

Nunca antes, o valor de ser ético fez tanto sentido na sociedade, nos negócios.

Mas ainda são poucas as empresas que vivenciam seus conceitos éticos, porque a maioria não sabe como por em prática mesmo investindo para lançar programas e distribuir exemplar de Ética para o colaborador.

Finda-se aí, na maioria das vezes, no lançamento, o contexto de presença de um código de ética.

Seu lançamento.

Não há investimento para manter no radar o tema e muito menos, mecanismos de medir o êxito e aplicabilidade dessas diretrizes essenciais ao negócio e as pessoas das marcas.

Há avanços.

Há empresas que se posicionam bem com a pauta, abrindo um diálogo profícuo sobre ética internamente.

E vale destacar a aprendizagem com o tema, pois falar de ética é falar de filosofia, de sociologia, da justiça, do humanismo em si.

É a expressão mais contumaz para se promover uma comunidade empresarial em que a marca pode e deve criar
relevância em torno de seu DNA.

É o caso do Carrefour Brasil.

Marca cliente por mais de uma década, juntos, traçamos as diretrizes da comunicação interna para a pauta ética e conduta.

Nunca tínhamos antes visto em um líder, uma voz tão eloquente no entendimento do contexto da ética empresarial buscando atrair, dialogar com os seus colaboradores.

Um profissional que observou a ética como princípio na educação organizacional.

Seu nome, Antônio Uchoa, na época diretor do Instituto Carrefour, base de treinamento da Companhia no Brasil.

Ao final de mais um ciclo de trabalho comum, a Oakian ganhou de Uchoa, um exemplar do livro “Ética e competência”, de Teresinha Azerêdo Rios.

Seu entusiasmo em querer levar os ensinamentos da ética para o front de caixa, em suas unidades do varejo, é um fator engrandecedor de memória em meu dia a dia na Oakian, em que trabalho lado a lado de estruturas de gestão de pessoas, essas tão diversas nas atitudes de suas culturas.

A Oakian tem sido convidada a formular e reformular programas de Ética e Conduta.

O produto ganhou relevância na última década devido os desdobramentos do cenário político empresarial brasileiro.

Minha missão como consultora organizacional não é apenas entregar belos e bem diagramados programas de Ética, com linguagem adequada ao tom de voz e leitura didática e viva.

Mas estabelecer ações periódicas de inserção da ética em toda a cadeia de produtos organizacionais.

Acredito que manuais de éticas não devem ser produtos de difícil digestão, não devem nascer como “dever a ser cumprido”, o que é um erro crasso e comum na gestão de pessoas, pois inibe o entusiasmo e a liberdade de execução de práticas com responsabilidade, bom senso e com diretrizes claras a serem seguidas.

Meus pares clientes são orientados, estimulados estrategicamente a compor a Ética como o mais belo libelo do negócio.

Se você por acaso, recebeu seu manual de Ética, tira ele agora da gaveta e me diz como posso melhorar seu universo de aprendizagem sobre ética na sua empresa.

 

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